3 de out. de 2013

SAÚDE


SESAI CONCLUI IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ABASTECIMENTO D'ÁGUA EM ALDEIA APINAJÉ


Sistema de Abastecimento de Água-SAA da Aldeia Abacaxi. (foto: Antônio Veríssimo. out. 2013)

       Depois de 6 anos de reivindicações, espera e sofrimento, finalmente os moradores da aldeia Abacaxi localizada na terra indígena Apinajé à 18 km de Tocantinópolis, no norte do Estado Tocantins, agora dispõe de água tratada para consumo da comunidade.

      O SAA-Sistema de Abastecimento de água da aldeia Abacaxi, começo à ser implantado em fevereiro desse ano com a perfuração do poço artesiano pela empresa Hidro Vale.  E no final de setembro a Construtora Redeal concluiu a implantação das estruturas de encanamentos, colocação de torneiras e perfuração de fossas (sumidouros). A obra já está em funcionamento, mas ainda não foi entregue oficialmente à comunidade.

      Porém faltam muito pra ser realizado na área Apinajé, atualmente das 27 aldeias reconhecidas, 16 não dispõe de Sistemas de Abastecimento de Água. A falta de banheiros é ainda mais grave, até o momento somente as aldeias Mariazinha, Bonito e Patizal dispõe dessas estruturas que foram construídas na época da FUNASA. Alguns desses banheiros não funcionam mas, ou funcionam de forma precária; a maioria estão caindo os pedaços, com vasos, paredes e telhas quebradas. Na aldeia São José, uma das mais antigas e a mais populosa, nunca foram construídos banheiros.

      Os problemas da falta de Saneamento Básico das aldeias Apinajé localizadas nos municípios de Tocantinópolis e Maurilandia é crítica e carece de atenção da Secretaria Especial de Saúde Indígena-SESAI, do Distrito Sanitário Especial Indígena do Tocantins-DSEI-TO. Considerando que  “prevenir é melhor que remediar” sugerimos  que os poderes públicos responsáveis devem priorizar uma política séria de implantação de Sistemas de Abastecimentos de Água, construção e reformas de banheiros e coleta de lixo em todas as aldeias.

     Diante dos problemas descritos acima, existem essas situações extremamente graves que devem ser  logo resolvidas. É o caso da aldeia Bacabinha localizada à 20 km de Tocantinópolis na divisa da área indigena com propriedades de não-indios. A comunidade foi fundada às margens do ribeirão Bacabinha que nasce dentro das fazendas vizinhas,  sem alternativas os moradores consomem água desse ribeirão, mas vivem reclamando do gosto e da qualidade da água, visivelmente contaminada com fezes e urina de vacas e cavalos. A comunidade há muito tempo reivindica a implantação de SAA e banheiros.

     Outra situação de descaso e irresponsabilidade do PBI, DSEI-TO E SESAI é a aldeia Areia Branca, localizada próximo à aldeia São José.  Também consumindo água contaminada vinda das fazendas, há mais de 5 anos, as 10 famílias dessa comunidade reivindicam a implantação de uma extensão (canos) ligando o SAA da aldeia São José, que levaria água tratada à essa comunidade. Os servidores visitam a aldeia, fazem promessas e nada é cumprido. Percebemos que neste caso, existe falta de interesse público, descaso e má vontade de certas pesssoas ligadas ao PBI de Tocantinópolis e DSEI-TO, com essa demanda da comunidade. Vamos continuar denunciando e cobrando.

     A falta de equipamentos médicos e odontológicos nos Postos de Saúde é outro motivo de reclamações. Na época da FUNASA os próprios médicos da Atenção Básica se queixavam da carencia e falta de estruturas nos Postos de Saúde das aldeias. Observamos que com a vinda dos profissionais do “Programa Mais Médicos”, é necessário o aparelhamento dos Postos de Saúde das aldeias São José e Mariazinha, que são as comunidades mais populosas. Essa é uma das condições para um bom desenpenho de qualquer  profissional da área da saúde.



Terra Indígena Apinajé, outubro de 2013.


Associação União das Aldeias  Apinajé-PEMPXÀ

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